quarta-feira, 9 de junho de 2010

Parabéns, Alessandra Araújo

Alessandra Araújo, umas das profissionais mais versáteis da dublagem atualmente é a homenageada de hoje no meu Blog.


Contatei-a pela primeira vez via Orkut no final de 2008. Da primeira leva de dubladores que decidi abordar para o início da minha pesquisa, ela foi uma das últimas da lista. Hoje, 2 anos depois, vejo que deveria ter entrado em contato com ela muito antes.


Uma vez, papeando via MSN com meu amigo Yuri Calandrino, ele me disse que uma das primeiras pessoas que ele contatou quando começou esse trabalho todo sobre Dubladores de Tokusatsu foi justamente ela. Contou que ela era muito gente fina e atenciosa com os fãs, além de ser muito grata por prestigiarmos e gostarmos tanto dos trabalhos dela. Hoje, posso dizer sem dúvidas que a chave para a resolução de muitos mistérios do meu tópico Lendas da Dublagem Desvendadas tiveram pelo menos um dedinho dela. Além do talento aguçado com o sentido da fala que dispensa comentários, também tem uma audição clínica para reconhecer dubladores em trechos de áudio. Com sua ajuda é que consegui, junto com outros colegas da comunidade no Orkut, desvendar nomes como Lucia Castello Branco e Dione Leal. E aí vai uma dica aos simpatizantes das dublagens dos tokusatsu: Já tenho mais nomes descobertos com a ajuda dela! Aguardem futuras postagens!


Dona de uma das vozes mais bonitas - somada a uma dicção impecável - da dublagem paulista, Araújo iniciou sua carreira no final de 1988, sob a direção do brilhante Líbero Miguel, na Álamo. É uma das primeiras “crias” de Líbero e Nair Silva deste período, ao lado de nomes consagrados como Francisco Brêtas e Elcio Sodré. De lá pra cá, especializou-se na arte tornando-se umas das atrizes mais escaladas em São Paulo. Fez incontáveis trabalhos, sempre acrescentando um pouco de sua personalidade em cada atuação.


Nas séries japonesas, dublou pela primeira vez em Lion Man, série esta que justamente estava em processo de dublagem no fim do ano em que ela ingressou no ramo. Fez a personagem Táito no capítulo 20 e alguns vozeirios. Em Jiraiya, fez a professora do Manabú e a recepcionista do hotel no capítulo 07 e uma repórter no episódio 14, além de outras pontas. A partir do episódio 24, ganhou uma personagem fixa no seriado, substituindo a já citada Lucia Castello Branco na Kinín Hei-Há. Na série seguinte, Jiban, fez uma vilã, a Marshall, finalizando as séries do gênero que chegaram ao Brasil pela Top Tape. Com a chegada de 3 novas séries pela Oro Filmes, Alessandra debutou: fez muitas participações em Machineman, dublando um leque muito vasto de personagens, desde crianças até senhoras. Mas foi em Goggle V que assumiu a voz de Míki Momozôno/ Goggle Pink, a única integrante feminina do grupo de guerreiros. Ainda em Metalder fez a robô auxiliar MS Lúzi, que tinha uma pequena participação. Alguns meses depois, fixou-se na segunda voz de Tiyáki, a filha do Sr. Shoêi em Sharivan, a partir do terceiro capítulo.




As séries foram fazendo sucesso e a Álamo trabalhava a todo vapor, e Alessandra sempre estava entre as principais vozes a serem escaladas. Participou ativamente das 3 últimas séries que chegaram em 1991 pela Everest, que foram: Spielvan, dublando a vilã Lay (de longe o melhor trabalho da dubladora pra mim, junto com a Marshall de Jiban), a Sayáka/ Yellow Mask de Maskman e a forma civil do Monstro Mutante Anêmona, no capítulo 20 de Black Kamen Rider, além de várias crianças e meninas. Também fez uma pontinha em Cybercop, dublado na BKS no mesmo ano.


Já em meados dos anos 90, os animes começaram a fazer sucesso no país. No principal deles, Cavaleiros do Zodíaco, imortalizou-se na voz da Júne de Camaleão, a melhor amiga de Shun. Depois, em Sailor Moon emprestou a voz para a Rainha Beryl, líder do Negaverso e em Fly, fez a princesa Leôna. Além desse nicho de produções, acumula um incalculável currículo em filmes e séries americanas, desta vez também como diretora. Infelizmente não acompanhei de perto a segunda metade dos anos 90 e o início dos anos 2.000 das produções dubladas, pois trabalhava fora e não tinha tempo de ver TV. Só a partir de 2004/ 2005 é que pude novamente ter o prazer de acompanhar de perto a arte. Sendo assim, não acho legal copiar e colar informações da Wikipédia, por exemplo, que possam ser incorretas, colocando em dúvida o conteúdo de meu modesto espaço. Prefiro apenas dar fé no que realmente vi e ouvi. Um bom filme que assisti dublado foi A Casa de Vidro (2001), onde Alessandra interpreta de forma ímpar, num dueto com Armando Tiraboschi, dublando a atriz Diane Lane. Dos trabalhos mais recentes, recordo-me da Wilhelmina Slater em Betty, a Feia, e sei que ela está dirigindo a dublagem do Lie to Me, que passa na FOX.




Nem é preciso dizer que pelo pouco que conversamos via internet o Yuri tinha total razão ao tecer os adjetivos referente a sua pessoa. Sempre atenciosa, educada e gentil. Participa ativamente de comunidades do Orkut e do Facebook, sempre esbanjando simpatia. Fica aqui o meu agradecimento por todas as vezes que ela gastou um pouco do seu precioso tempo para responder as minhas perguntas e desejar-lhe um feliz aniversário, repleto de saúde e felicidades. Esperamos poder acompanhar seus trabalhos por muitos anos! Vida longa!


Ouça a voz de Alessandra Araújo, dialogando com João Paulo Ramalho e Christina Rodrigues em Jiban clicando aqui!


5 comentários:

Anônimo disse...

Ela é linda!!! Mais bonita do que a "Marshall" até! Parabéns pelo blog!

Alessandra Araujo disse...

Obrigada, Obrigada, Mil vezes obrigada!!!

Betarelli, Ivan D. disse...

Não tem de quê, Alessandra. Beijão.

MARCO ANTÔNIO DOS SANTOS disse...

Infelizmente, não concordo com as "qualidades" técnicas expostas sobre esta dubladora.
Sempre teve um trabalho linear e o fato de ser atenciosa não a faz uma ótima dubladora e diretora de dublagem.
Sinto muito Ivan, que você não tenha neutralidade para analisar um trabalho de dublagem. Deixou a amizade pessoal falar mais alto.
Popularmente isto se chama "rasgação de sêda".

Marco Antônio

Unknown disse...

PAKUNODA em Hunter X Hunter 1999